Em cada um desses
livros, que abordam coisas do Pampa, logo encontramos a estampa de um
gaúcho destemido, homem de brio, aguerrido, que soube alargar
fronteiras, mas não falam da parceira, que acompanhou seu
marido.
Falam muito na
bravura dos soldados nas trincheiras, mas onde estão as guerreiras que
povoaram esta terra? No Litoral, Pampa e Serra nunca lhes dão
importância. Mas quem defendeu a estância, durante os tempos de
guerra?
Certamente uma
heroína, lá na memória do tempo. Sem medalha ou monumento, satisfaz a
indagação: - e aquele fuzil na mão, daquela mulher bonita? Foram tantas
as Anitas semeadas por este chão!
Enquanto o homem
peleava, em seu instinto carancho, a mulher guardava o rancho dos
saques, pelas guerrilhas; cavalgando nas coxilhas ela se fez
sentinela, sem esquecer das panelas e a proteção da
família.
Desde a Índia
Ponain à prenda contemporânea, tanto a que veio da Espanha, nativa ou
de Portugal, da Polônia ou da Alemanha, seguiram tantas
campanhas vestindo nosso ideal.
A mulher se fez
presente nas lutas por nossa terra, simbolizada em Ana Terra e Bibiana
Cambará.
No passo do Jacaquá a História fala tão pouco, mas não foi só
o Cabo Toco que peleou no Caverá.
Na voz da mulher
gaúcha peço reconhecimento, para puxar mais um tento do Laço da
Tradição.
Que acenda a luz da razão, o erro não continue e a mulher se
perpetue na História deste meu
chão! |
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