quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Olimpíada de Língua Portuguesa

No dia 3 de Setembro a Escola enviou os textos selecionados  para a Secretaria Municipal de Educação e Cultura para serem avaliados na fase Municipal. O período de realização da Comissão Julgadora Municipal é de 10 a 21/09/2012.

Eis os textos:

Categoria Poema


Professor(a): Diana Budó Dutra 
Aluno(a): 
Nátaly Bianchini de Lima - 6º Ano
Título: 
O Lugar onde Vivo 




O Lugar onde Vivo...

Moro em São Francisco de Assis,
E aqui estão minhas raízes,
Olha só, é uma terra abençoada,
Onde as pessoas vivem felizes.

 Aqui é a capital do bugio,
Terra de gente hospitaleira,
Onde a água, ainda é cristalina,
E a fumaça é só das lareiras!

Deus nos abençoou,
 Com belezas naturais,
temos matas virgens, cachoeiras,
 E muitas espécies de animais!

Vivemos em harmonia,
Trabalhamos em cooperação,
Buscamos, sempre o melhor
Para a nossa população!





Categoria Memórias Literárias



 Professor(a): Fabiane Ribeiro 
Aluno(a): Nícollas dos Anjos Valença - 7ª série
Título: 
DOZE ANOS DE EXISTÊNCIA 

         



DOZE  ANOS  DE  EXISTÊNCIA...(baseado em fatos reais)

Meu nome é Nícollas dos Anjos Valença,Lalo ou Lalau para os amigos,tenho 12 anos,sou filho “do coração”de Antonio Pedro e Martha dos Anjos Valença,nasci no Hospital Santo Antonio no dia 11 de novembro de 1999 em São Francisco de Assis,RS,Brasil.
Queria ser como Salvador Lamberty,Luiz Auri Sudati ou tantos outros poetas assisenses para saber usar as palavras em prosas e versos ao  falar de minha querência (assim gaúcho chama sua terra natal),mas como diz minha mãe “não te preocupa,adolescente é assim mesmo “mistura as palavras”mas no fim dá tudo certo”,sendo assim vou “do meu jeito”tentar...
Quando me “entendi gente”morava na Vila Nova,uma vila retirada do centro da cidade mas muito legal,parecia que todo mundo lá era parente,todos se conheciam,uns reparavam as casas dos outros quando a gente precisava sair,cuidavam os filhos uns dos outros,sentavam debaixo dos cinamomos para tomar chimarrão no final das tardes ou iam com os filhos numa pracinha perto da creche para as crianças brincarem e jogar bola no campinho.Nossa casa era perto da escola onde minha mãe trabalhava,em casa tínhamos um pátio com árvores frutíferas,galinhas,meu cachorro Paiakan e até um cordeiro “guaxo”(a gente dava mamadeira pra ele,por isso era guaxo)de nome Téo(por causa que o Toni Ramos trabalhava numa novela da Globo com esse nome demos ao cordeiro...).Aí meu irmão começou a estudar e a Neiva que cuidava da gente foi embora para Passo Fundo,então minha mãe me colocou na Creche.Tinha a tia Fabiana,eu adorava a profe e meus colegas eram legais.
Um dia meus pais resolveram mudar para o centro da cidade,nem sei bem  o porquê.Viemos morar perto da Praça Independência,a casinha era muito pequena e o pátio também mas pude trazer o Paiakan e o Téo (ainda bem!).A tardinha minha mãe nos levava para brincar na pracinha enquanto ela tomava mate e aproveitava para conversar com os conhecidos e fazer novas amizades(no fundo nós todos tínhamos saudades da Vila Nova),mas também tinha a vantagem que agora morávamos bem perto da minha vó Neuzinha que era tudo de bom,a melhor vó do mundo.E u adorava ficar na praça pois além de brincar podia ver as “artes” que a família de bugios que moravam nas árvores faziam,a gente sabia que não podia dar salgadinhos,bolacha recheada ou outra comida de gente pra eles senão ficariam doentes.O Chico era enorme e preto,a Chica era um pouco menor e meio amarelada,mas fofinho mesmo era o “filhotinho”deles,a Beti, teve até votação na cidade para escolher o nome,imagina!
O tempo passou e a gente mudou de casa,construímos uma um pouco maior e mais perto da casa da vó,tivemos que mandar o Téo pra chácara onde meu vô trabalhava porque ele já estava grande e precisava viver no campo junto com outras ovelhas.O Paiakan levamos para o Passo do Leão,localidade no interior do nosso município onde as pessoas plantam fumo e criam algumas cabeças de gado,lá tem uma comadre da minha mãe que precisava de um cachorro bravo para cuidar de seu quintal e de seus animais para as raposas e sorros não atacarem.
Moramos na casa que construímos ,me acostumei longe dos meus animais de estimação,também já sou adolescente e posso compreender melhor as coisas,afinal nem tudo na vida é como a gente quer,as vezes somos forçados a nos separar das coisas,dos lugares,dos animais aos  quais estamos acostumados e gostamos,mas mais difícil mesmo é se separar das pessoas que amamos como aconteceu quando minha vó Neuzinha morreu,achamos muita falta dela até hoje, mas temos muita fé e sabemos que foi melhor assim pois ela estava doente e não merecia ficar sofrendo.
Nosso bairro é uma beleza,até calçamento nas ruas já tem,os vizinhos são muito legais,percebo que os hábitos mudaram bastante,hoje em dia as pessoas têm muita coisa para fazer,quase não se visitam e estão sempre com pressa.Continuamos indo na praça,já não brinco como antes mas adoro observar a “família”do Chico,aumentou bastante,hoje em dia tem um monte de bugios(acho que uns oito,não sei...),pena que a Beti embora tenha crescido,parido filhotinhos,etc. acabou morrendo eletrocutada num fio da rede elétrica,ficamos todos muito chateados,mas...
Às vezes as pessoas dizem que  São Francisco de Assis é conhecido como  Querência do Bugio por causa dos bugios da praça,mas não é,somos a Querência do Bugio porque um sujeito daqui da nossa cidade conhecido por Neneca Gomes,sabia fazer no acordeon um som que imitava o ronco de um bugio,assim nasceu o ritmo musical “bugio”que faz grande sucesso nos fandangos e festivais tradicionalistas.Aqui acontece a cada 02 anos este festival junto com a Feicassis (exposição e comercialização de vários produtos daqui e da região).Os assisenses são alegres e festeiros,a maioria das pessoas se conhece e têm amizade,as vezes acontece algum desentendimento por causa de jogo(todos são Colorados ou Gremistas),de política ou por “borracheira”,mas nada além daquilo que acontece em todo lugar,afinal se não houvessem opiniões contrárias seria muito chato.
Bem,acho que mesmo não sendo poeta consegui falar um pouco de “minha amada São Chico”,quero um dia contar aos meus netos estas e tantas outras histórias que ouvi e vivenciei nesta terra abençoada por Deus.
Ah!não posso esquecer!Hoje estudo na Escola Municipal Assis Brasil Martins Bitencourt,estou na 7ªsérie e não é porque minha mãe trabalha lá, como Orientadora,mas posso afirmar sem medo de errar: minha Escola é 10;os professores são mais que professores,são amigos;a Dire,bem essa é “uma mãezona”,além de muito competente.Sei que sentirei saudades da minha escola,mas daqui a pouco ela também fará parte do passado,pois tenho compromisso comigo mesmo e com tudo que até hoje recebi de orientações das pessoas com as quais tenho convivido, terei que seguir adiante em busca de meus sonhos,de meu objetivo que é ser Engenheiro.





Categoria Crônica


     
Professor(a): Diana Budó Dutra 
Aluno(a): Pedro Soares - 8ª série
Título: 
Minha Terra, Minha Paixão 


Minha Terra, Minha Paixão 

Moro em uma pequena cidade, na região Centro-Oeste do Estado do Rio Grande do Sul, com aproximadamente 19 mil habitantes. Seu nome oficial é São Francisco de Assis, mas é mais conhecida por São Chico, se bem que, talvez pelo mesmo motivo que o ex-presidente Getúlio Vargas, que advogara aqui a chamava de "umbigo do rio-grande", devido ao fato dela estar unindo regiões, sendo assim uma mistura de pampa, serra,fronteira e missões, ela tenha vários outros nomes. Sendo conhecida como Querência do Bugio, por ter sido criado aqui o único ritmo eminentemente gaúcho, denominado "bugio", mas também como capital gaúcha do zebu, devido ao grande rebanho bovino da raça, e ainda já foi conhecida como capital gaúcha da ecologia e como terra hospitaleira. Também alguns que se arriscam a chamá-la de berço da literatura rio-grandense,por serem naturais daqui vários autores como: Antero Marques,Tirteu Rocha Vianna, João Otávio Nogueira Leiria e vários outros. Falando da atualidade, temos aqui, grandes pontos turísticos como balneário e camping praia do Jacaquá, o Poço da Pedra, a Gruta do Monjolo e a Gruta de São Tomé, a Cascata do Macaco Branco, a Cascata do Toroquá e vários outros atrativos naturais. Eu, particularmente admiro a minha terra principalmente por ser envolvido com o meio tradicionalista, tenho orgulho de ressaltar onde quer que eu vá a criação do único ritmo gaúcho, feito por Neneca Gomes, a fundação do primeiro CTG da 1oª Região Tradicionalista e um dos primeiros do Estado, feita por Pedro Telles Tourem, hoje patrono da 10ª Região Tradicionalista, o heroísmo de nossos líderes, que entregaram a própria vida para defender a cidade nas revoluções e vários outros fatos históricos que aqui ocorreram como a queda do avião do Senador Salgado Filho. Apesar de hoje a cidade não ser um paraíso, eu a amo e defendo minha terra, não por seu presente, mas por seu passado riquíssimo, e por isso, digo ter orgulho de ser assisense.