O colo de mãe é remédio.
As palavras de mãe, canção.
A generosidade
nos faz cidadãos de esperança. O embalar do filho ainda rebento, o sonhar com um futuro bonito, mistura-se a tantos acontecimentos que vão desenhando a própria vida. Nas quedas, que não são poucas, a esperança se realimenta na simples presença da mãe. Nas doenças que teimam em vir. Nas portas que se fecham. Nos fracassos que incomodam. O colo de mãe é remédio. As palavras de mãe, canção.
Vivemos em um mundo cheio de injustiças, de agressões, de mentiras. Julgamentos precipitados. Informações deformadas. Há relações que são líquidas. Que não tem consistência. E isso, não poucas vezes, retira-nos do território da felicidade para o qual fomos criados. É aí nos sentimos órfãos. E frágeis. E carentes.
Carecemos, certamente, de atenção. Vivemos em sociedade e apenas em sociedade conseguimos nos desenvolver. Precisamos uns dos outros. São imperfeições que se encontram e que, ao conviverem, aprendem o valor necessário do respeito.
A mãe – mulher, amor, esperança – é a raiz que dá à árvore resistência. Virão os ventos, as tempestades e a raiz não deixará que a árvore desista de sua vocação de crescer e de ser útil à natureza. Cada árvore tem o seu espaço. No conjunto, embelezam o mundo e individualmente significam muito a tantos que, em suas ramagens, experimentam sombra e que dos seus frutos alimentam sonhos.
Não espere o Dia das Mães para olhar para sua mãe e dizer que é ela a mulher que o alimenta de amor e esperança. Ela é imperfeita? Quem não é? Ela errou com você? Quem não erra? Mas é ela a escolhida para que a vida seja continuada em você. E, se sua mãe já vive na eternidade, que a saudade realimente os princípios de não negar sombra nem alimento a uma humanidade tão carente. Dias das mães é todo dia. É todo dia que o amor e a esperança acordam mais cedo para esperar o convite para conosco conviver.
Autor: Gabriel Chalita